Os três mosqueteiros eram quatro: Athos, Porthos, Aramis e D Artagnan. A famosa trindade parnasiana Olavo Bilac, Raimundo Correia, Alberto de Oliveira também podia ser um quarteto. Por mérito e justiça, Vicente de Carvalho merecia ser o um quarteto mosqueteiro parnasiano. É bem verdade que ele não pode ser considerado um legítimo parnasiano. É mais um clássico, com notas escandalosamente românticas, e alguma surdina simbolista. Parnasiano apenas pelo rigor da forma, se bem que o seu verso seja mais fluido e musical. Mas se fosse um puro parnasiano... A resposta a essas reticências encontra-se num artigo provocador de Mário de Andrade, no qual, pedindo paciência à idolatria dos brasileiros, afirmava que Alberto de Oliveira e Olavo Bilac estavam um degrau, um degrauzinho abaixo do Sr. Vicente de Carvalho. Se conhecesse este escrito, o poeta por certo o desaprovaria. Pelo menos de público.
Autor: Carvalho, Vicente de
Editora: Global Editora
ISBN: 9788526010635
Ano: 2005
Edição: 1
Páginas: 184
Encadernação: Brochura
Formato: 14 x 21 x 0.1 cm