A pele que nos divide: diáforas continentais, novo livro do poeta e romancista Paulo Rosenbaum, reúne poemas que ecoam a célebre lição de Carlos Drummond de Andrade: penetre surdamente no reino das palavras, elide sujeito e objeto, chegue mais perto e contemple as palavras: ei-las impregnadas de múltiplos sentidos, em estado de dicionário. Como em toda diáfora cada nova palavra ou imagem repetida apresenta novo matiz de significação, a poesia de Paulo Rosenbaum é profusa e intensa, aberta à leitura errante ou que erra , como diz o poema Fisiologia da leitura na perspectiva do livro & impensáveis palavras . É como se todo o texto diaforético transpirasse excessivamente no corpo a corpo com o significado enquanto vitória precária e insistentemente retomada contra a separação do outro (leitor) - a pele que nos divide . A garantia do inusitado está na passagem do que, paradoxalmente, permanece como razão última do poema - ou da poesia.
Autor: Rosenbaum
Editora: Publ. D. Quixote
ISBN: 9788566256178
Ano: 2017
Edição: 01
Páginas: 340
Encadernação: Brochura
Formato: 13 x 21 x 2 cm