Para György Lukács, o humanismo é condição para a figuração literária do homem real. Ao figurar o homem real, o escritor rompe a casca fetichizada do capitalismo e desmascara a degradação. Desse modo, reflete concretamente em sua obra uma revolta contra a desumanização capitalista, até mesmo a despeito de sua consciência. Nisto se resume o verdadeiro partidarismo da arte. Contudo, em termos literários, essa figuração se realiza apenas pela criação de uma ação verdadeira. Pela ação pode a arte cumprir a sua missão desfetichizadora, na medida em que dissolve o mundo numa viva ação recíproca dos próprios homens: A profundidade da intuição estética, da aproximação realista à realidade, é sempre constituída - qualquer que seja a concepção de mundo formulada pelo escritor em termos de pensamento - pelo impulso a nada aceitar como resultado morto e acabado e a dissolver o mundo numa viva ação recíproca dos próprios homens.
Autor: Cotrim
Editora: Zouk Editora
ISBN: 9788580490350
Ano: 2016
Edição: 1
Páginas: 424
Encadernação: Brochura
Formato: 16 x 23 x 2.4 cm