***Muitos dos versos de A estrangeira não brotam de um manancial sereno. Emergem de uma fonte de ira e maldição, porque este mundo do homem está mal feito , Jorge Guillén dixit. Outros nascem da ternura e do amor, tanto de quem identificamos com a pessoa do eu poético [ Amei-te demais, / fui à loucura e não voltei ] como de outras amantes, especialmente Lou, apaixonada por Rilke. Joyce Karine de Sá Souza, nos poemas de ira, escreve a machadadas, em um discurso entrecortado, aberto o peito / contra o vento , com verdades amputadas pelas injustiças da existência. Cidadã do mundo, pária, solidária com os humilhados, a estrangeira sabe que ficar em um só lugar não lhe é possível. A poeta de Belo Horizonte não oculta seus gostos poéticos. Ela os declara nos versos do extraordinário Poeta-me: Borges-me, / Cortázar-me inteira E chega assim a dezesseis nomes.
Autor: Souza, Joyce Karine de sá
Editora: Kotter
ISBN: 9786553611412
Ano: 2022
Edição: 1
Páginas: 88
Encadernação: Brochura
Formato: 16 x 23 x 1 cm