Em uma demonstração da hegemonia patriarcal na historiografia literária brasileira, a escritora Iracema Guimarães Vilela hoje está praticamente esquecida. No entanto, nas primeiras décadas do século XX ela produziu uma obra que se estendeu por romances, contos, crônicas em jornais importantes (vinte anos escrevendo em O Globo) e peças teatrais encenadas. Como outras mulheres das letras, entre elas a francesa George Sand, Vilela assinava seus escritos com um nome de homem, Abel Juruá, embora nunca tenha escondido sua identidade. Nhonhô Rezende (1918), seu romance de estreia, dá a medida do talento da escritora, obscurecido ao longo das décadas.Trata-se de uma história de amores desencontrados com fortes tintas de observação da sociedade e dos valores morais da época. Os personagens se alternam entre o Rio de Janeiro e Teresópolis, na serra fluminense, onde as famílias ricas iam passar suas férias de verão. Nhonhô Rezende, que se desenrola em algum momento entre o fim do Império(...)
Autor: Vilela
Editora: Carambaia
ISBN: 9786554610506
Ano: 2024
Edição: 1
Páginas: 400
Encadernação: Capa dura
Formato: 16 x 22 x 2.7 cm